sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Tecnologia de Ponta

      Vem aí o natal e a televisão grita os últimos gadgets tecnológicos que não podemos deixar de ter. 
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      Eu, que não distingo um iphone de um ipad e, por isso, chamo a tudo... telefone... fico perdida no meio do barulho progressista que não consigo acompanhar.
    Não é que eu seja daquelas absolutas analfabetas digitais, afinal até uso um email, guardo docs em clouds, tenho conta nalgumas redes sociais e escrevo em dois blogues. Contudo, eu tenho aquele problema com máquinas (ler  aqui)! O problema de andar sempre em estado de choque e dar conta de tudo que é electrodoméstico, ou máquinas em geral. Carros e telefones incluídos. Entre outros.
      No outro dia, carreguei várias vezes no comando do quadro interactivo e aquela porcaria não ligava. Os miúdos garantiam que com a professora chamemos-lhe Guidinha estava a funcionar. No meu interior ainda assomou a dúvida, será que? O certo é que, no final da aula, pedi à auxiliar que mudasse as pilhas do comando. No dia seguinte- "não foi preciso mudar nada, senhora professora, está a funcionar na perfeição". Não me surpreendeu. 
      De maneiras que, aliadas a minha ignorância de aparelhos, com a minha alta tensão para lidar com eles...bem pode a televisão berrar que este ou aquele... telefone... é o Rembrant das comunicações, que a mim... passa-me ao lado.
      A verdade é que o meu ...telefone... caiu e estilhaçou o ecrã. Na altura hesitei entre considerar aquilo uma praga da Nókia,  uma mensagem divina de que devia abandonar por completo as telecomunicações ou atribuir-lhe uma qualquer mística simbólica (andarei a negligenciar a comunicação com alguém?) 
     O facto é que tinha comprado o... telefone... em Agosto e não me apetecia nada ter de naufragar pelas prateleiras das lojas da especialidade atrás de um aparelho que me sirva para o que quero, sem ter de ser amavelmente bombardeada pelas sofisticações que não entendo e que os funcionários ultra disponíveis insistem em realçar. (ultra disponíveis, os funcionários, na-proporção-da-comissão-que-eventualmente-ganham-ao-impingir-me-o-último-grito)
      É que, de uma vez por todas, a ver se a gente se entende: tecnologia de ponta, para mim, foi daquela vez que a minha máquina de lavar loiça avariou com um mau contacto no botão On/Off e eu resolvi o problema entalando-lhe lá um palito a fixá-lo. Ou melhor, a ponta de um palito. A meu ver, o expoente máximo da tecnologia de ponta.

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