segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Mar salgado

 
Se, como diz o poeta, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal...
Quantas das tuas vagas são energia nossa também, 
e alegria,  
e entusiasmo,
e renovação
e mergulhos de crianças
e casais sexagenários de mãos dadas a molhar os pés na tua doçura, 
Mar Atlântico!
Amornas as almas do cansaço da labuta
acendes paixões de espuma,
afagas saudades
no rumorejar de ondas
trazes segredos ancestrais
milenares e eternos
que se sedimentam em areias finas e vãs.
Lambes-nos feridas antigas
que ardem  para sarar.

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