Com tudo a que tens direito.Chuvas, ventos, frio, àguas muitas,ventos fortes. Queres mostrar que és inteira, de direito.
Não há metades se te apetecer tormentas, vendavais.
Outono, chamam-te meia estação, mas tu vens com toda a tua fúria de intempéries, fora e dentro das gentes. Perguntem a quem sofre dos ossos, da coluna, dos joelhos, a quem tem enxaquecas, aos esquizofrénicos, aos bipolares, aos deprimidos. Observem os autistas. Perguntem às pessoas sensíveis que impacto tens nas suas vidas. Não é meia estação nos transtornos psíquicos. O outono traz tempestades internas. Deixar o morno salitre estival estalar.
É a época da renovação, dizem. Levas folhas e cabelo, alagas vindimas, derrubas ouriços, agitas marmeleiros.
Fica o vinho, a castanha, a marmelada. Para quem resiste ao turbilhão em que chegaste.
Outono, estação inteira.
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