É muito raro, mas, de vez em quando, cruzamo-nos com um aluno cujo estilo de aprendizagem combina muito com o nosso estilo de ensino, ou cuja etapa desenvolvimental se enquadra no nosso momentum, ou simplesmente cujos ouvidinhos deixam entrar o que temos para lhe dizer.
E então, lentamente, passo a passo, desabrocham e os resultados surgem.
É uma alegria extraordinária!
Eu recebi um catorze desconsolado
que queria muito ultrapassar a mediania
e atingir a excelência.
Levou-nos um ano; trabalhou tanto!!!
Infelizmente não opero milagres
e só conheço esse árduo caminho para o sucesso académico
- o trabalho.
Trabalhou muito, frustrou várias vezes;
fui ajudando também nessa parte, na confiança e perseverança.
Hoje o catorze foi dezanove e umas décimas. Ficámos contentes!
No barulho da escola de massas, em que tantas vezes nos digladiamos em ajudar os sofríveis, esquecemo-nos, por vezes, destes saltos meritórios de empenho, resiliência e esforço.
Já sabemos que as notas valem o que valem,
que o adolescente, a pessoa,
é mais do que aquela classificação ou número,
mas como contornar o facto de que esta conquista numérica
é um sucesso, uma vitória, um progresso
- não apenas em termos académicos, mas também de crescimento pessoal.
Eu assisti (mais do que isso, monitorizei, acompanhei, estimulei) ao vocabulário a expandir-se, ao domínio progressivo de técnicas de escrita, de leitura e de expressão oral. Mas também vi crescer a autoconfiança, a tolerância ao erro, a tomada de consciência das fragilidades, a motivação, até a maturidade.
Tudo isso me enche de orgulho.
É um privilégio trabalhar assim.
Parabéns lutadora!
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