É que nós não mudámos apenas para a beira-mar.
Nós mudámos para o CAMPO!!!!
Vivemos numa aldeia, onde,
consoante os ventos,
por vezes,
cheira a vacas
ou a estrume
ou a milho ceifado.
Ora: campo - moscas!!!!!!
MOS - CAS!!!
Pegajosas,
zumbidoras,
omnipresentes,
o raio que as parta!
consoante os ventos,
por vezes,
cheira a vacas
ou a estrume
ou a milho ceifado.
Ora: campo - moscas!!!!!!
MOS - CAS!!!
Pegajosas,
zumbidoras,
omnipresentes,
o raio que as parta!
Desde o primeiro dia declarei guerra doméstica e decidi exterminá-las cá de casa.
Tentei de tudo.
Fechar portas e janelas (mas por onde raio é que elas se infiltram????)
Espalhar sal grosso.
Enfiar Ezalos e DumDums em tudo o que é tomada.
Spraizar os compartimentos todos até ao limiar da asfixia...
Spraizar os compartimentos todos até ao limiar da asfixia...
Nada.
O máximo que consegui foi que andassem por ali meias grogues; finalmente percebi a expressão mosca morta, elas muito lentas, muito arrastosas, a irritar-me ainda mais com a molenguice e a desejar que estivessem literalmente mortas!
Estive prestes a comprar daquelas fitas deprimentes que se penduram no tecto para que elas fiquem agarradas, mas temi pelo meu Pedro...era capaz de ficar lá ele enrolado... melhor não!
Ainda dei com umas raquetes na dispensa que, suponho, as eletrocutariam e - suponho também - os meus filhos iam adorar andar à raquetada cá por casa; mas as ditas precisavam de um adaptador de tomadas (coisa que, entretanto, ainda não comprei). Portanto, o squash de moscas terá de aguardar.
Então falaram-me na panaceia miraculosa para os meus males, um tal de Biokill infalível, que funcionaria como barreira invisível para impedir a sua entrada indesejada.
Acabo de infestar a casa toda com o spray da minha última esperança, entro na cozinha e ali as vejo, grudadas nos meus vidrinhos acabados de limpar. Roguei pragas ao biotanga e desatei em investidas veementes de fúria homicida...
Ah! Não há como uma valente chicotada com o mata-moscas.
E quantas inflijo!
Tornei-me uma assassina nata (marta!).
Ah! Não há como uma valente chicotada com o mata-moscas.
E quantas inflijo!
Tornei-me uma assassina nata (marta!).
Então quando se põem a esfregar as patinhas mesmo debaixo do meu nariz ou a chiscar nos candeeiros... levam logo uma palmatória que até deixa sangue, algo que se tornou, de alguma forma, perversamente satisfatório para a minha alminha enraivecida! Particularmente prazenteiro é também dizimar uma cópula, os parezinhos de asco que pousam em êxtase na bancada da cozinha e, enfim, assim morrem, com prazer duplo - o meu que interrompe o delas!
Portanto, está aberta a época de caça cá em casa. (Ou o tempo arrefece ou será o ano todo!)
Entretanto, e em bom abono do Biokill, a varejice melhorou. Aparentemente aquilo leva umas horas a produzir efeito e, de facto, se as não elimina por completo, reduz a afluência em grande medida. E ainda bem! É que eu já estava tendo uma luxação no ombro direito de tanto raquetar!
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