Estava para aqui a magicar que a sexta-feira negra faz jus o seu epíteto, não apenas porque há um certo apagão nos preços (haverá?) e, supostamente, descem os dígitos, mas também porque aquilo se tornou numa selvajaria tal que, há relato, não é difícil sair dos estabelecimentos comerciais com um olho negro. Lá está. Negro.
A verdade é que este é mais um dos grandes esquemas de marketing para nos varrer as já tão arejadas carteiras e que, amiúde, as promoções imperdíveis mais não são do que preços inflacionados cortados ao meio, com largas margens de lucro para quem vende e muito afastados do valor real dos produtos. Assim:
Na voragem consumista, muitas vezes, esquecemos-nos de raciocinar. De optar em consciência. Sem manipulações. Em liberdade. Por isso é que - não ironica, mas propositadamente - é neste mesmo dia que se celebra o BUY NOTHING DAY. Um movimento antagónico que propõe que não se compre nada na famigerada sexta feira de saldos loucos.
O que me diverte é que a Black Friday se prolongue por dez dias, como ouvi nalgumas campanhas. Dá-me vontade de rir que, na prática estejamos a falar de uma black Friday-Saturday-Sunday-Monday-Tuesday-Wednesday-Friday-and-so-on-and-so-on-etc-etc.... Neste caso será muito mais black (negra) do que Friday, uma vez que chegaremos ao final da dezena de descontos completamente depauperados. Negro!
Já estou como o outro, o do cartoon aqui abaixo, depois da sexta-feira negra vem de certeza o sábado vermelho, com népiazinha na algibeira!Vermelho!
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