São três e meia da tarde.
Está uma brasa estival,
a sala de aula borbulha,
eles transpiram.
Salvos pelo gongo, eles e eu, toca para o intervalo!
Estamos com a sala quase toda ordenada, os materiais guardados, os lanches em riste para ir brincar. Salvo um ou outro, mais atrasado na tarefa final, ou mais lento a arrumar, ou mais curioso com o lanche do que brioso da organização da mesa.
TíxÉr, tixÉr, a mousse estourou!!!
Ah?!
A mousse do Vítor estourou!
Viro-me, avanço três passos até o local da ocorrência.
Já lá estão duas meninas solícitas a socorrer o Vítor com carradas de lenços de papel e manadas de papel higiénico!
O Vítor, esse, com um ar desolado - não sei se com mais pena do meu caderno ou do chocolate extraviado, acha que hoje é um dia aziago porque, primeiras, tinha partido os óculos no recreio e segundas tinha desperdiçado a lambiçe por cima do notebook! (caderno)
O caderno!Quanto mais elas limpam, mais espalham!
Parece que levou com diarreia de elefante em cima!
Mas o que é que passa pela cabeça de uma mãe para enviar mousse de chocolate, com este tempo tórrido, aquilo tem ovos...
Sorrio-lhe para o animar: Deixa lá, fica um caderno docinho!
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