quinta-feira, 10 de maio de 2018

Ironia do destino

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Como já por cá ando  há uns tempinhos, já há muito percebi que a vida dá muitas voltas e que não há como escapar à ironia do destino

Também já percebi que rir é o melhor remédio e, portanto, quase sempre encaro com um se-não-fosse-cómico-era-trágico!!!

Eu estive, praticamente, dezassete anos em Bragança.
Na primeira década e picos concorria para me aproximar da minha terra natal - Braga.
Por uma questão de estabilidade, fomos leccionando no nordeste transmontano.

Ironia do destino,
assim que desisti do litoral, começou a ser difícil ficar colocado em Bragança!
Os anos foram rolando e depois de algumas cambalhotas decidimos vir para baixo. 

Ironia do destino,
no ano em que desço, surgem duas vagas para mim no centro da cidade de Bragança. 

Deixa-me rir!

Sabes que mais, ironia do destino?

Já não faz diferença.
Tarde de mais.
Respondo-te com um sorriso grande.
De marmita em frente ao mar, de pés descalços na areia molhada em tardes de inverno,
de caminhadas e bicicladas em família por uma marginal deslumbrante,
de céus estrelados rasgados pela faixa intermitente do farol,
de refeições e trabalhos de casa feitos na mesa do terraço,
de um filho que marca mais golos nesta equipa
e de uma filha que aprendeu a andar de patins ao vento.

Respondo-te de sorriso nos lábios
cheios da proximidade do meu velho pai
da minha mana cúmplice
do meu afilhado docinho.

Somos livres.
O destino pode soprar com ironia
que a gente,
como já cá anda há uns tempinhos,
já aprendeu a ser feliz na mesma.

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