Tenho-me como uma pessoa frontal, mas a idade ensinou-me a não dizer TUDO o que penso.
De outra forma, sair-me-iam frases assim:
"Olhe, desculpe,
a senhora sempre foi assim azeda,
é um ressabiamento recente
ou apanhei-a simplesmente num dia mau?"
Nem de propósito!
Estive, de novo, hoje mesmo, num balcão público onde me atenderam com má-vontade e sobranceria; onde me despacharam para a chefia se estivesse descontente; chefia pela qual aguardei civilizadamente durante uma hora, após a qual o meu vernizinho estava a começar a estalar.
Percebi, então, que outras pessoas, menos ordeiras do que eu, estavam a ser aviadas. Percebi também que há situações nas quais, se formos muito cordatos e cívicos, tendem a não nos respeitar.
Portanto, sem elevar o tom de voz, com diplomacia e assertividade (às vezes fico pasma com o meu próprio sangue frio) exigi que me resolvessem a questão, um direito meu, ou que, por favor, me dessem o livro amarelo.
Palavras mágicas. Fez-se solução a velocidade cruzeiro e, como não tinham troco, nem da fotocópia necessária se cobraram!
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