Há muito que ando arredada deste cantinho de desabafos, primeiramente por uma debilidade física que nunca tinha vivido e que exauria toda e qualquer energia.
Depois, possivelmente porque às vezes me parece indigno, outras inútil, outras insensato esgrimir com o meu entusiasmo, a minha paixão pela vida e o meu sarcasmo o drama mundial que estamos a viver.
Hoje pensei, pelo contrário.
Estamos todos a ser bombardeados de tragédia e medos, estamos cansados, deprimidos, a perder fés e esperanças... tenho de escrever. Tenho de escrever as coisas boas que nos rodeiam.
O meu compromisso. Todos os dias uma coisa bela e positiva.
How many brothers or sisters have you got?
Quantas irmãs ou irmões tens?
Nãaao txitxa, não é irmões! É irmãos!
Gosto de brincar com eles, fazê-los rir. Tão fácil, o humor infantil.
Ah! Pois é vocês ensinam-me português e eu ensino-vos inglês!
E, de repente, lembro-me! Dos 190 alunos que tenho, prodigiosamente, recordo-me que a pequenina da frente me tinha dito a semana passada, numa voz ainda mais pequenina do que ela, que o mano deveria nascer esta semana!
É verdade, o teu brother, baby brother já nasceu?
(eu falo como a Dora Exploradora, metade em cada língua)
O sorriso explodiu a máscara, rebentou elásticos, pulverizou os olhinhos: ontem txitxa foi ontem!
Todos começaram a bater palmas, espontaneamente.
Dei-lhe os parabéns com muita alegria e um abraço covid, que quer dizer que juntamos as costas e entrelaçamos os braços.
De seguida vimos no ecrã gigante um pequeno vídeo com o recém nascido. Todos que fofinho, também quero, que lindo, e mais palmas para a mana grande.
Se tudo isto não é extraordinário e nos renova a esperança, não sei o que será!
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