terça-feira, 25 de setembro de 2018

#cumékelaconsegue

A minha irmã entra naquela restrita categoria das mulheres "Como é que ela consegue?"

A gente pisca os olhos e ela fez uma mega prova de Trail. 
Ou frequenta um campeonato de Escrita. 
Ou anima um casamento até às quatro da manhã, numa sexta à noite, depois de um dia de trabalho, e no sábado levanta-se para ir correr. 
Não sei como é que ela consegue. 
Nessa mesma sexta à noite, para mim, levantar a mesa é considerado um esforço. Vestir o pijama dói quase tanto como o salto alto. 😉
Está bem que eu sou mais velha. Mas ela não é assim tão mais nova.😁
Não é a idade. 
Sempre foi assim.
Ela estudava, ela cantava, ela servia às mesas ou contava carros, ela fazia voluntariado, ela fazia trabalhos para os doutoramentos dos outros e também era ela quem fazia os bolos, lá em casa, os bolos e as sobremesas… na verdade, ela fazia tudo! E eu nunca percebi #cumékelaconsegue

Só que,
na altura, 
um gajo era jovem e tinha a força toda e parecia que pudesse vir daí a vitalidade e o desdobramento, hoje vai ao cortejo, amanhã canta no coro, depois toca violino na festa das crianças, dá um saltinho à U.M. e entrega uns trabalhos...

Agora…
ela é mãe. 
E mulher. 
E doutora lá no serviço. 
Faz mil e uma coisas de responsabilidade e fá-las todas de unhas pintadas e rímel nas pestanas. 
(Sei bem a quem fazes jus, mulher!)

De motard a bailarina, 
ela é esta versatilidade, 
esta força, 
este brutal existir camaleónico, 
sempre a superar-se e a abismar-nos no processo.

A gente pisca os olhos, e pronto, lá está ela outra vez! 
Desta vez, a criar mais um espetáculo infantil, um musical cheio de luz, cor e fantasia...
#cumékelaconsegue
Quantas horas tem o seu dia ou a que parte do dia terá ela ido buscar estas horas?
Em bom abono da verdade, já assisto a estes feitos há tantos anos que já me não haveria de surpreender. 
Mas surpreende!

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