Antes que me comecem a invejar os pores-do-sol deslumbrantes, a casa espaçosa e as vivências litorais, invejem-me também as angústias e as ansiedades, as noites sem dormir na expectativa de que os miúdos se adaptem a escolas novas e amigos novos, a dificuldade em alinhar rotinas e a flexibilidade mental que criá-las requer.
Invejem-me antes a força mental que é necessária para implementar uma mudança desta dimensão, a coragem que é preciso para dar o salto, a pontinha de desespero que é necessária para saltar e o jogo de cintura para planar após o salto, sem olhar para trás. Ao sabor do vento. De asas bem abertas e olhar no futuro.
É verdade que a brisa marítima empurra a saudade, que as rotinas escolares e profissionais tomam conta da espuma dos dias, mas saibam que comparamos, sentimos faltas, sentimos saudades.
Vou tentar pôr a escrita em dia e revelar-vos, pouco a pouco, todo o novo que agora vivenciamos.
Não ainda - por hoje apenas esta nota de saudade.
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